A derrota de Elmano provoca um rearranjo na política local. Com o fim do ciclo de Luizianne na Prefeitura, o futuro é incerto para o ex-candidato, para o PT e para a própria prefeita, que conheceu sua maior derrota política.
Após vencer o primeiro turno, Elmano de Freitas (PT) não conseguiu sustentar a façanha e teve de sentir o gosto da derrota em sua primeira eleição. Com isso, termina também o ciclo de oito anos de administração do PT na Capital, comandado pela maior incentivadora da candidatura de Elmano, Luizianne Lins (PT). Agora, partido, prefeita e ex-candidato entram em um novo momento - cheio de incertezas.
Para entender como se deu a derrota de Elmano é preciso lançar um breve olhar sobre as poucas e decisivas semanas do segundo turno. No dia seguinte ao primeiro turno, O POVO já mostrava algumas dificuldades que Elmano encontraria para manter-se à frente. A estrutura de campanha menor que a do adversário era um deles. A dificuldade de conseguir apoios era outra – em contrapartida ao amplo arco de aliança de Roberto Cláudio (PSB).
Um dos maiores trunfos era a vinda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o palanque, que, porém, não surtiu o efeito esperado. Assim, mesmo sem cometer grandes erros, a estratégia mostrou-se incapaz de garantir a dianteira na disputa.
Aos 42 anos, Elmano certamente ainda tem um longo futuro político pela frente – ontem, no entanto, ao discursar pela primeira vez como candidato derrotado, ele disse não ter pretensões por outros cargos eletivos, por enquanto. “Vou continuar advogando no movimento popular”, afirmou. Embora ele saia da eleição maior que entrou, provavelmente não alcançará status de nova liderança no partido, o que ocorreria naturalmente caso tivesse saído vitorioso.
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