Após trancamento de ação, Ciro volta a chamar PMs de 'marginais fardados'
O ex-deputado disse que mesmo que
"atirassem na sua cabeça", voltaria a repetir a frase polêmica.
O ex-deputado Ciro Gomes (PSB) reacendeu nesta quinta-feira,
24, a polêmica com os policiais militares do Estado. Durante palestra para jovens
empresários, ele disse que repetiria a frase que o transformou em alvo de
vários processos judiciais.
"Para mim, quem faz a cidade de refém, quem faz motim, não é PM, é
marginal fardado. E pode atirar na minha cabeça que não tem perigo de eu morrer
sem repetir isso", disparou Ciro.
O ex-parlamentar se referia à última greve de policiais militares e bombeiros
do Estado do Ceará, ocorrida no início do ano passado. A paralisação provocou
um clima de pânico na Capital e forçou o governo Cid Gomes a fazer uma série de
concessões à categoria.
Na última terça-feira, uma decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça
do Ceará (TJ-CE) trancou a ação penal contra Ciro Gomes, acusado de injúria e
difamação por ter chamado os policiais militares que integraram o movimento
grevista de “marginais fardados aliados com traficantes e covardes”.
Na ocasião, uma queixa-crime por injúria e difamação foi apresentada pela
policial militar Ana Paula Brandão. A defesa do ex-deputado alegou não ter
havido a intenção de ofender a denunciante e ingressou com habeas corpus no
TJ-CE, requerendo o trancamento do processo.
Segundo o relator do processo, desembargador Francisco Gomes de Moura, da 1ª
Câmara Criminal, ficou “evidente que declarações não foram dirigidas à pessoa
da soldado Ana Paula, havendo, portanto, a ausência do animus específico e
dirigido de ofender, exigido para a caracterização dos crimes contra a honra”.
O voto foi acompanhado por unanimidade.
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